FC Porto reduziu estragos com golo de Luis Díaz

Bayer Leverkusen construiu vantagem de golos com a ajuda do VAR, mas sofreu um revés que pode alterar a história da eliminatória no Dragão.

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O FC Porto perdeu esta quinta-feira, por 2-1, na Alemanha, frente ao Bayer Leverkusen, em partida da primeira mão dos 16 avos-de-final da Liga Europa. Zé Luís (73') poderá ter assinado um golo importante para a discussão da eliminatória, respondendo aos golos de Alario (29') e Havertz (57’, de penálti), que ditaram a derrota da equipa portuguesa numa noite de evidente desinspiração e em que a intervenção do VAR acabou por ser determinante nos dois golos germânicos.

Sérgio Conceição e Peter Bosz tentaram, nas respectivas conferências, demarcar territórios, assumindo um jogo de palavras e intenções que transpareceu na hora de comparar argumentos em campo. Bayer e FC Porto adoptaram sistemas semelhantes, embora os “dragões” tivessem optado por uma atitude de maior expectativa e controlo. Os alemães aceitaram o convite, marcaram o ritmo, instalaram-se no meio-campo adversário, mas tardaram a provocar desequilíbrio.

O FC Porto estava, apesar da chuva e do frio, confortável num tipo de jogo inócuo, com Marega – muito acarinhado pelo público alemão – a ser solicitado um par de vezes, em busca da profundidade que Tapsoba controlava sem problemas. Obcecados com o momento defensivo, os portistas abdicavam do ataque. O primeiro verdadeiro momento de perigo surgiria já perto dos 20 minutos, com Havertz a testar a barra da baliza de Marchesín, valendo Alex Telles a evitar a recarga.

O Bayer Leverkusen apertava o cerco, anunciando-se o golo de Alario, a concretizar de primeira após cruzamento da direita de Lars Bender, ajustado pelo desvio de cabeça de Demirbay, ao primeiro poste. O lance suscitava dúvidas que o videoárbitro dissipou… à segunda. Primeiro surgiu a indicação de posição irregular, com o árbitro a invalidar o lance. Decisão revertida após alguma hesitação, com a comunicação final a validar o golo.

Perante a nova conjuntura, Sérgio Conceição destacava Corona para uma posição mais central, chamando Marega ao flanco direito. E o jogo portista agradeceu. Depois de 35 minutos sem qualquer remate, o FC Porto passava ao ataque. Sérgio Oliveira dava o mote e o Bayer Leverkusen, que procurava aumentar a vantagem na sequência de livres directos, tinha que lidar com um futebol menos previsível. Antes de recolherem ao balneário, os portistas dispuseram da melhor oportunidade da primeira parte, com Uribe a testar os reflexos do guarda-redes finlandês Lukas Hradecky. Os números, contudo, eram esclarecedores e o FC Porto precisava de reinventar-se para equilibrar a eliminatória.

Mas os “dragões” estavam demasiado ausentes para poderem reagir ao cinismo dos alemães e do VAR, que voltaria a entrar em acção para desespero de Conceição. Com o lance controlado, Manafá cometeu um erro fatal, permitindo que Volland recuperasse a bola e rodasse para dentro, obrigando Manafá a cometer penálti grosseiro. O problema surgiria depois de Marchesín ter defendido o remate de Havertz. O VAR detectou o gesto do guarda-redes argentino, a dar um passo para a frente, e mandou repetir, apesar de “Marche” alegar que Havertz tinha simulado o remate e provocado o movimento. Implacável, Havertz não perdoou e marcou o segundo do Bayer Leverkusen.

Zé Luís rendeu Soares, mas foi Luis Díaz a reduzir (73') e atenuar os danos causados por uma entrada tímida. Conceição ainda tentou chegar ao empate, mas as alterações produzidas, com Nakajima e Danilo a darem maior rigor ao jogo portista, revelar-se-iam insuficientes para discutir o resultado.

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